NO DIA EM QUE ARRANCA A SEGUNDA FASE DO NACIONAL DA PRIMEIRA DIVISÃO
O Campeonato Nacional da I Divisão entra hoje na fase decisiva. As seis equipas que garantiram o acesso à Série A iniciam a corrida final para o título. Mais uma vez, o sistema competitivo em curso faz com que as seis candidatadas se apresentem com metade dos pontos conquistados durante as 26 jornadas da primeira fase. Este é um modelo que para uns está adaptado à nossa realidade, enquanto que para outros está perfeitamente desajustado.Fernando Claro, presidente da Federação Portuguesa de Patinagem (FPP) garantiu-nos que a sua direcção está pronta a aceitar um novo modelo de competição, desde que devidamente avalizado pelos técnicos portugueses e que defenda a modalidade. Mas a verdade é que existem, no “universo” do hóquei em patins, várias sensibilidades, o que demonstra que este é um assunto a merecer um estudo mais profundo.Dos três modelos já testados ao longo dos anos, o de criar uma “poule” para definir o campeão (com as equipas a ficarem com metade dos pontos da primeira fase), este é, contudo, o que merece menor aceitação. Curiosamente, aquele que recolhe o maior número de votos é o “todos contra todos, a duas voltas”, o que premeia a regularidade no campeonato. No entanto, a decisão através de um “playoff” regista, igualmente, um bom número de apoiantes. O exemplo do que sucede nas outras modalidades de pavilhão inspira os adeptos do “playoff”: indecisão até final; mais espectáculo e consequentemente mais público; mais patrocinadores e mais televisão.
Defender os clubes
Uma das razões apontadas pelos opositores do sistema “todos contra todos” prende-se com o facto de a época terminar muito cedo (Abril), o que para os clubes significava estar cerca de seis meses sem competições oficiais. Por isso, há quem defenda o aumento do número de equipas na I Divisão. No entanto, essa medida é recusada, principalmente, pelos treinadores. Segundo estes até há equipas a mais no campeonato.Uma redução do número de participantes evitaria a sobrecarga de jogos por semana, onde se incluem, também, as provas europeias e a Taça de Portugal. “A jogar tantas vezes por semana, parecemos os futebolistas de Inglaterra”, desabafou o jogador da Oliveirense, Tó Neves.A actividade da Selecção Nacional merece, igualmente, atenção. O pouco tempo disponível para trabalhar é outro dos inconvenientes do sistema actual. Segundo alguns treinadores, o "playoff" possibilitaria terminar o campeonato antes de Junho e, assim, dar mais tempo à Selecção.Sem dúvida que este é um tema que merece reflexão. Tem a palavra o grupo de trabalho, entretanto, criado no seio da FPP.
Fonte: Jornal Record, Edição de Sabado 9 de Abril de 2005
Sem comentários:
Enviar um comentário