sexta-feira, março 18, 2005

Ultimato a Miguel Bento

A um cenário negro de salários em atraso - Novembro foi o último mês pago -, juntou-se a falta de pavilhão, já que os leões foram corridos da Escola Secundária da Parede por não pagarem o aluguer ao Parede. Foi a gota de água que despoletou a iniciativa que o plantel levou a cabo ontem à noite: antes do treino agendado para o pavilhão da Juventude Salesiana, o grupo verde e branco reuniu-se com o dirigente/treinador, Miguel Bento, e deu como prazo o fim do mês de Março para que este resolva a situação, ou pelo menos a amenize.

Apesar da relutância de Miguel Bento em confirmar a situação, continuando a optar pelo discurso do está tudo bem, o hóquei em patins do Sporting vive uma situação dramática, agudizada pelo despejo de que foi vítima anteontem. Com quatro meses de ordenados em atraso, os jogadores não sabem bem o que fazer e muito menos a quem recorrer, já que a secção de hóquei em patins é autónoma em relação ao clube, apesar de estar inscrito na Federação Portuguesa de Patinagem (FPP) como Sporting, mais o nome do patrocinador, a Somague. Perante este cenário, o plantel tomou posição. Assim, o capitão, Pedro Pestana, solicitou uma reunião ao dirigente/treinador, Miguel Bento, na qual fizeram ver a sua insatisfação, dando até ao final do mês para que a situação - salários em atraso - seja resolvida, ou pelo menos amenizada. Assim, a bola está do lado de Miguel Bento, que procura alternativas para treinar, já que o rinque da Casa do Gaiato, em S. Antão do Tojal, não agrada aos jogadores, já que teriam de gastar dinheiro em gasolina e portagens.

Fonte:Jornal ABola, Edição de 18 de Março de 2005

Sporting K.O.
Mergulhados numa profunda crise - são quatro os meses de salário em atraso, agravados agora pela proibição de treinarem no Pavilhão da Parede - os jogadores deram um prazo até ao fim do mês para Miguel Bento arranjar o dinheiro necessário

Proibido desde anteontem de se treinar - e, consequentemente, de disputar os seus jogos do Nacional - no pavilhão da Escola Secundária da Parede, recinto que é explorado pelo Parede Futebol Clube, por falta de pagamento, o Sporting está cada vez mais à deriva. Disposta a ceder o espaço à equipa do Sporting/Somague até ao final desta temporada, a Direcção do Parede ainda tentou uma reunião com Miguel Bento, treinador e grande impulsionador do projecto autónomo do hóquei leonino, mas este falhou o encontro, naquela que terá sido a pedrada no charco, que ditou a impossibilidade de o plantel sportinguista ali se treinar, conforme vinha sucedendo desde o início da temporada.
Após esta medida drástica por parte dos dirigentes do Parede, a solução para os treinos foi, entretanto, equacionada para a localidade de Santo Antão do Tojal (pavilhão da Casa do Gaiato, sem as mínimas condições e com um piso de cimento!!), proposta esta mal aceite pelos jogadores - alguns deles profissionais -, visto que teriam de se deslocar pelos seus próprios meios e pagar portagens, por exemplo, a que se junta o mau-estar antigo provocado por quatro meses de salário em atraso.
Sem casa e sem dinheiro, os hoquistas que representam o Sporting/Somague - nascido de um projecto liderado por Miguel Bento e alheio ao departamento das modalidades amadoras do Sporting Clube de Portugal - ameaçam bater com a porta e deixar de representar um clube que tanto parecia poder (voltar a) dar ao hóquei português.
Na sequência, ontem, de uma reunião, os jogadores deram um prazo até ao fim deste mês para o técnico Miguel Bento arranjar o dinheiro necessário à resolução da crise.

Fonte: Jornal OJogo, Edição de 18 de Março de 2005



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