O Benfica tenciona ponderar sobre um possível abandono do hóquei em patins depois dos incidentes desta quarta-feira, na Supertaça com o F.C. Porto. Um jogador hospitalizado, relatos de tentativas de agressões físicas e um clima de terror são situações que os encarnados ponderam não querer suportar mais.
«Neste tipo de circunstâncias é impossível competir», começou por dizer Fernando Tavares, vice-presidente do Benfica para as modalidades ao Maisfutebol. «Penso que o Benfica, internamente, terá de pensar seriamente a continuidade no hóquei em patins», referiu. «Porque é um esforço financeiro muito grande para depois se viverem situações como a de hoje», salientou.
O dirigente encarnado numerou então outros factores que levam o Benfica a pensar desta forma. «Pelo que me disseram, hoje na Supertaça, o Carlitos foi mal expulso. Já não temos o Mariano, que está suspenso, e agora ficamos sem o Pedro Afonso...temos de pensar bem se vale a pena continuar», apontou. «Nós sabemos bem o que seria esta competição sem o Benfica, mas não se pode aceitar que a mesma equipa de arbitragem que tenha apitado a final da Taça de Portugal, vá agora apitar a Supertaça. Esta equipa de arbitragem não tem condições para apitar jogos do Benfica», alertou.
Fernando Tavares espera que aconteça alguma coisa depois dos incidentes desta quarta-feira. Apesar de não ter muita fé nisso. «Não pudemos protestar o jogo no momento, mas o Benfica tem de se mexer, tem de fazer alguma coisa. Vamos preparar algum tipo de contestação, mas eu já sei que não vai dar em nada porque as pessoas que mandam no hóquei em Portugal simplesmente não fazem nada. Sei que não vai acontecer nada.»
F.C. Porto lamenta petardo mas nega «clima de terror»
Franklim Pais, treinador da equipa de hóquei em partins do F.C. Porto, lamentou o rebentamento de um petardo junto de um jogador do Benfica no jogo entre as duas equipas, na segunda mão da da Supertaça António Livramento, que terminou com a vitória dos dragões (5-2), depois do empate a duas bolas em Lisboa.
Pedro Afonso, jogador do Benfica, perdeu momentaneamente a audição e, para além disso, o vice-presidente do clube encarnado para as modalidades, Fernandes Tavares, denuncia ameaças de agressões e um «clima de terror» em Gondomar. Franklim Pais, confrontado com as acusações, mostrou-se surpreendido: «Há, de facto, a lamentar o rebentamento de um petardo próximo de um jogador do Benfica, um acto altamente condenável, mas não vi mais nada para além disso».
«Esperei, propositadamente, pela saída de todos os jogadores do Benfica, para me certificar que tudo corria bem, e assim aconteceu. Não houve quaisquer agressões a elementos do Benfica. Quanto a ameaças, só se vieram dos espectadores, mais isso é natural acontecer, num ringue. Aliás, para provar que o jogo foi disputado de uma forma saudável, basta referir que só houve um cartão azul», explicou o treinador do F.C. Porto.
Fonte:www.maisfutebol.iol.pt
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