segunda-feira, março 28, 2005

Portugal e Espanha na final

Portugal fez ontem o seu melhor jogo do Torneio de Montreux (Suíça) em hóquei em patins, batendo o Prato por 3-2, nas meias-finais, no que foi potencialmente um dos mais espectaculares desafios dos três dias. Com uma primeira parte técnica, e apesar de um segundo tempo bastante mais agressivo, Portugal aguentou a intensa pressão italiana dos últimos 5 minutos, para segurar a vantagem mínima, que garantiu a passagem à final e novo encontro com a Espanha, que na primeira fase bateu os portugueses por 3-0 e ontem venceu a Suíça por 2-0.
Num arranque de jogo rápido, e a jogar contra a única selecção, além da Espanha, que somou só vitórias na primeira fase, Portugal adoptou uma táctica semelhante à do jogo de sábado com os espanhóis, subindo mais e rematando mais vezes. Uma atitude idêntica à dos italianos que, nos minutos iniciais, também adoptaram um jogo táctico, agressivo e bastante técnico.
A trocar bem a bola, fazendo rodar os jogadores pelo recinto, a equipa portuguesa manteve intensa pressão, que acabou por provocar um
penalti sobre António Silva, que Ricardo Barreiros, o melhor marcador português do torneio, não conseguiu concretizar. Minutos depois, Valter Neves estreou-se a marcar no torneio, dando vantagem a Portugal. Com este o golo, os italianos reagiram, mas Ricardo Barreiros manteve intensa pressão sobre um dos defesas italiano, permitindo a António Silva recuperar a bola e marcar o segundo golo português.
Com um ataque constante, quer iniciando jogadas quer em rápidos contra-ataques, Portugal efectuou dezenas de remates à baliza italiana, a maioria à figura do guarda-redes. A cinco minutos do fim da primeira parte, e já com o jogo consideravelmente mais lento, alguma desconcentração na defesa portuguesa permitiu aos italianos reduzir a vantagem, através de um remate de Valério Antezza.
O golo estimulou os italianos, que aumentaram a pressão no final do primeiro tempo, ainda que com relativamente menos remates. Foi de um contra-ataque português que surgiu nova grande penalidade, em carga sobre António Silva, mas que Carlos Martins também não marcou. Os italianos acabaram por recuperar, e num contra-ataque rápido, conseguiram restabelecer a igualdade, com um remate de longe de Franco Polverini, estabelecendo o resultado ao intervalo.
A tónica atacante portuguesa manteve-se no reatar do encontro, apesar de um jogo mais equilibrado e da agressividade ter, em parte,
substituído a técnica, com mais faltas e mais paragens de jogo. Acabou, aliás, por ser de um livre que nasceu o terceiro golo português, concretizado por Ricardo Barreiros, o melhor marcador da selecção e o segundo melhor do torneio.
Sob a arbitragem de Carlos Biffet (Espanha) e Mark Lehn (Alemanha), as equipas alinharam e marcaram:
PORTUGAL: João Pereira, Valter Neves (1), Sérgio Silva, Ricardo Barreiros (1) e António Silva (1).
Jogaram ainda Carlos Martins e André Moreira.
Prato: Octavi Torres, Valerio Antezza (1), Roberto Crudeli, Franco Polverini (1) e Marcello Uribe.
Jogaram ainda Juan Soria, Enrico Bernardini.

Hoje
Jogo de atribuição do 7º lugar

Estados Unidos - Montreux
Jogo de atribuição do 5º lugar
Alemanha - França
Jogo de atribuição do 3º lugar
Suíça - Itália
Final
Espanha - Portugal

Fonte:Jornal OJogo, Edição de 28 de Março de 2005

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