O Paço de Arcos vive uma situação complicada: a equipa de hóquei em patins já não recebe há quase quatro meses e não há perspectivas de pagamentos a curto prazo. A crise reflecte-se na equipa que, tal como na época passada, luta pela fuga à despromoção. As duas maiores escolas de formação do hóquei em patins português vivem dias difíceis. É que antes do Paço de Arcos já o Gulpilhares viveu idêntica situação em Dezembro.
A situação no clube da Linha agravou-se pelo facto de não ter existido lista às eleições, em Janeiro, depois de terminado o mandato do último presidente, Valentim Veiga da Silva. Houve, por isso, necessidade de constituir-se uma Comissão Administrativa (CA) para gerir os destinos do clube por 90 dias - prazo que termina a 10 de Maio -, liderada pelo presidente da Assembleia Geral, Armindo Azevedo. Desde então o plantel sénior do Paço de Arcos está sem receber ordenados, como explica Carlos André, membro da CA e responsável pelo hóquei do clube. "Aguardamos a assinatura do protocolo com a Câmara Municipal de Oeiras, respeitante à prática desportiva e formação de atletas. Um compromisso camarário de cada mandato autárquico, mas cujas verbas, desta vez, têm demorado a chegar". O mesmo responsável reconhece que esta instabilidade tem reflexos na equipa, mas adverte: "Os jogadores não podem jogar em função de receber ou não ordenado, quando o panorama é o que se conhece. No entanto, estamos a fazer tudo para regularizar a situação o mais rápido possível." O treinador da equipa, Lúcio Morais, não faz comentários sobre a situação, mas adianta: "É complicado gerir a cabeça dos jogadores nestes casos e os resultados estão à vista. Temos uma equipa jovem e os ordenados fazem falta. Mas posso garantir que temos um grupo unido e não há dia nenhum que não se discuta a situação entre nós."
Fonte:Jornal ABola
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