Penta? É que é já a seguir!
Esta é a história de um clube tetracampeão, de um guarda-redes, do seu goleador e do treinador deles! Uma história que se repete há quatro anos e parece estar a repetir-se este ano, transformando o prefixo tetra em penta. Ninguém consegue tirar as quinas do braço esquerdo do equipamento do FC Porto. Ontem, em Fânzeres, os dragões deram um passo de gigante para a revalidação - pela quarta vez consecutiva - do título de campeão nacional, ao receber e vencer o segundo classificado, o Benfica, aumentando para oito pontos a distância entre ambos. E tudo por culpa do guarda-redes, Edo Bosch, e do goleador Pedro Gil. Um a defender e o outro a marcar golos, o FC Porto até parece não precisar de mais ninguém. A diferença entre as duas equipas esteve mesmo aqui: nem Carlos Silva é Edo Bosch, nem Ricardo Barreiros é Pedro Gil. O exemplo mais flagrante deu-se aos nove minutos de jogo - já Gil tinha inaugurado o marcador aos 4 num remate de ângulo qua se impossível - quando Mariano Velasquez e Ricardo Barreiros surgem de frente a Edo Bosch, só com Pedro Gil pelo meio. O melhor que o avançado das águias fez foi rematar para a defesa fácil do catalão. O primeiro tempo terminou com uma grande penalidade convertida por Reinaldo Ventura, depois de Valter Neves (até foi uma das águias mais esclarecidas...) ter feito falta sobre Jorge Silva. No segundo tempo, os dragões abrandaram o ritmo e até chegaram a dar algumas abertas na defesa, que os homens da Luz não aproveitaram: nem a pontaria estava afinada e Bosch fez questão que o adversário fosse para casa a zero! Os jogadores do Benfica eram os primeiros a ter consciência da importância da viagem a Fânzeres. Ainda que a matemática o permite, depois desta derrota, recuperar oito pontos aos dragões é esperar que a equipa que menos erros comete em competições de longo percurso o faça nos últimos seis jogos. Para o FC Porto, este foi o melhor tónico para a final da Liga dos Campeões. Esse sim, o verdadeiro desafio!
in jornal A Bola
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