Guilherme Silva, Pedro Alves, Tó Neves, Paulo Alves e Vítor Fortunato representam um marco na história do hóquei em patins português
Um currículo a transbordar de vitórias une hoje um cinco de luxo Tó Neves, Pedro Alves, Paulo Alves, Vítor Fortunato e Guilherme Silva estão ligados à última fase de domínio português no panorama mundial do hóquei em patins. Depois deles, as poucas vitórias alcançadas pela selecção são um pequeno oásis no deserto da renovação. Hoje, são os trintões sem data marcada para o ponto final na carreira e com um presente vivido ao mais alto nível nos campeonatos de Portugal e de Itália.
Tó Neves, Vítor Fortunato e Paulo Alves ocupam um lugar de grande destaque na equipa da Oliveirense, da 1.ª Divisão Nacional. Neste momento, e apesar da idade, são eles que comandam o "barco", incutindo no grupo a verdadeira essência da experiência aliada a uma eficácia surpreendente e oportuna.
Para Tó Neves, que em Março completa 40 anos de idade, o balanço da carreira é extremamente positivo, mas isso não invalida que esteja na altura de pensar na saída. "Sinto-me orgulhoso da minha carreira. Tudo o que conquistei e que construí tornou-a muito bonita. No entanto, já ando a pensar em pendurar os patins. Aliás, já penso nisso há cinco anos... Mas fui sempre adiando. Agora a margem de manobra vai sendo cada vez menor", admite.
São vários os momentos que lhe trazem colorido ao extenso currículo. "Os aspectos mais positivos da minha vida profissional foram os títulos que conquistei, tanto a nível nacional como internacional. Mas é difícil eleger uma vitória. Foram todas igualmente importantes", explicou, admitindo que dos momentos maus não reza a história "As partes piores prefiro esquecer. Mas há uma especialmente marcante que foi a altura em que fomos aos Jogos Olímpicos e não trouxemos nenhuma medalha".
Paulo Alves ainda não consegue pensar no abandono. "Isso é daquelas coisas que, para já, não me passam pela cabeça. Sinto-me muito bem, gosto daquilo que faço e está fora de hipótese abandonar já", garante. Contudo, já tem as ideias bem delineadas para quando chegar a altura de sair. "Não digo que vou ser treinador ou dirigente. Tenho outras ambições e ideias para impulsionar a modalidade. No entanto, ainda é muito cedo para falar sobre isso", acrescentou.
Vítor Fortunato partilha da mesma ideia de Paulo Alves, apesar de não saber o que lhe reserva o futuro. "Sinto-me bem e com forças para continuar, no entanto, não sei como vai ser o futuro. Daqui a cinco meses, posso pensar de forma diferente", explica.
Pedro Alves é outro grande exemplo desta longevidade quase mítica. O ex-capitão do Óquei de Barcelos rumou, no início da época, para uma nova aventura, nos Açores, deixando para trás os graves problemas que ainda hoje afectam a equipa minhota. Actualmente ao serviço do Candelária, o internacional português garante estar muito satisfeito com a experiência e que, enquanto estiverem felizes com o seu trabalho, não quer pensar em parar "Gosto de jogar e quero continuar enquanto isso me der prazer. Para além disso, quero que gostem no meu trabalho. Quando não for assim, entendo que será a altura de sair".
Guilherme Silva, ao serviço do Follonica, em Itália, está apto para cumprir os dois anos de contrato. Aos 35 anos, o guarda-redes garante que a força vem da mente e que com espírito de lutador é fácil continuar a jogar. "Estou motivado para jogar. Tenho espírito jovem e quando faltarem as forças penso no que vou fazer no futuro. Para já, quero continuar", garante.
Fonte: Jornal de Noticias
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