ESCOLHIDO Paulo Baptista para seleccionador nacional, quando havia um convite a Vítor Hugo para desempenhar as mesmas funções, o último treinador a conseguir um título de campeão do Mundo para Portugal explica a razão por que falhou o seu nome. Nunca colocou em causa a opção tomada, mas critica o processo e o alvo é um só: Fernando Claro, presidente da Federação de Patinagem de Portugal.
Sem mostrar mágoa ou ressentimento, o certo é que Vítor Hugo não gostou da condução do processo de escolha do novo seleccionador. "Estava preparado para todos os cenários, pois sabia que Paulo Baptista vinha em segundo lugar. E é normal que assim seja. Normal não foi a forma como se partiu para o nome de Paulo Baptista e o timing da sua apresentação", diz o antigo seleccionador, que explica os passos das negociações. "O presidente comunicou-me o desejo do meu regresso. Estudei a possibilidade e dias depois respondi afirmativamente, com condições: para além de questões desportivas, disse que queria 1500 euros mensais, valor que considerei minimamente aceitável para o exercício do cargo e nada escandaloso para as funções. Fizeram-me uma contra-proposta de 900 euros, a qual não recusei de imediato. Disse que ia pensar. Mas achei inconcebível." Entretanto, entra em cena o presidente adjunto da FPP, Fernando Graça, que reúne com Vítor Hugo para tentar um entendimento. "Descobri, no dia em que foi marcada a conferência de imprensa de apresentação do novo seleccionador nacional, que alguém tinha sido ultrapassado nas suas funções, pois nesse dia tinha uma reunião com Fernando Graça. Então há um novo seleccionador e o presidente adjunto, que até é o coordenador da Selecção de hóquei em patins, nem tem conhecimento disso? Ando nisto há muito tempo e nada estranho." Vítor Hugo considera "inacreditável" que Fernando Claro não tenha resolvido o problema. "Não procurou satisfazer o meu pedido. Minimizou a questão e partiu para outra solução sem dar satisfações a quem devia", conclui.
Fonte:Jornal ABola
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