Ainda a maioria dos espectadores não tinham arranjado lugar no Municipal de Barcelos e já tinham razões para festejar. É que com apenas 45 segundos de jogo já o Barcelos estava na frente do marcador, com um golo de Nuno Félix. Uma entrada arrasadora, que viria a fazer-se sentir de novo cerca de dois minutos depois, quando Bruno Mendes fez o segundo tento.
Os jogadores do FC Porto pareciam adormecidos, tendo pela frente um Barcelos com os seus atletas bem despertos e dispostos a dar conta disso. Aliás, o terceiro golo só não surgiu porque a bola esbarrou no poste da baliza de Edo Bosch.
Tardiamente, mas ainda a tempo de empatar na primeira parte, os dragões acordaram. Tornaram-se perigosos, tendo Reinaldo Ventura reduzido a 7,32 do final, num lance rápido de contra-ataque, a aproveitar uma bola perdida pelos da casa para lá da linha de anti-jogo.
Os portistas sentiram que estavam a crescer e empolgaram-se. Já depois de ter atirado ao poste, Reinaldo Garcia acabou mesmo por marcar e restabelecer a igualdade, a menos de cinco minutos do intervalo, aproveitando novo erro dos donos da casa.
A segunda parte foi morna. Grosso modo mal jogada e sem grandes momentos de interesse. Talvez Paulo Batista, o novo seleccionador nacional, conseguisse manter toda a atenção na bancada, devido às escolhas que dentro em breve terá de fazer...
Até que, após alguns minutos de um hóquei mais rápido e fluído e, consequentemente, mais interessante, Pedro Gil atirou a contar e deu a vitória ao FC Porto, que acabou por revelar arte e engenho para dar a volta ao resultado e aumentar para seis a diferença pontual para o Barcelos.
Excelente casa
Nem era preciso ter em conta que o jogo se disputou às 21 horas de um dia de semana - mas também não convém esquecê-lo... - para se considerar que ontem o Pavilhão Municipal de Barcelos registou uma excelente casa.
Cerca de 1500 adeptos, com os da casa em clara maioria, estiveram ontem a assistir a este clássico do hóquei nacional. Bem mais do que as assistências que muitas vezes se registam nos estádios portugueses. E nalguns casos nos estádios novos, construídos para o Euro 2004...
in ojogo.pt
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