O Benfica perdeu ontem, ao da tarde, os primeiros pontos no campenato. Os encarnados bem procuraram o golo mas a figura acabou por ser Carlos Pires, guardião dos visitantes.
Depois de uma vitória convincente em Viana do Castelo, o Benfica voltava a Lisboa para se estrear a jogar no "Açoreana Seguros". Os encarnados recebiam o Paço de Arcos, desfalcado dos cinco jogadores que no defeso viajaram para a Luz, e reforçado com Joi, que fez o percurso inverso. Com duas derrotas nos dois primeiros jogos, nenhum golo marcado mas apenas três golos sofridos, o Paço de Arcos e a sua barreira defensiva prometiam dificuldades aos atacantes encarnados.
Paulo Garrido parece ter já o cinco inicial definido e voltou a apostar em Carlos Silva, Valter Neves, Mariano Velazquez, Ricardo Barreiros e Rui Ribeiro para a primeira vaga no assalto às redes contrárias. A partida começou muito lenta com as equipas a respeitarem-se em demasia e em estudo. Os encarnados tinham o dominio territorial mas não ameaçavam a baliza à guarda de Carlos Pires.
[-20:01] O Benfica continuava na expectativa e então foi o Paço de Arcos que abriu as hostilidades. Joi não teve contemplações com o antigo emblema e abriu o marcador. (0-1)
[-15:56] A reacção, em virtude do muito tempo que faltava, não foi explosiva, mantendo os encarnados o seu ritmo de jogo. Num dos raros contra-ataques da primeira parte com a chancela da àguia real, Rui Ribeiro remata ao lado (de fora) do poste esquerdo da baliza do Paço de Arcos.
[-14:56] Já com Pedro Afonso em rinque (no lugar de Valter Neves), Rui Ribeiro surge outra vez na cara de Carlos Pires mas o guardião leva a melhor. Pouco depois Alan Karan rende um desinspirado Ricardo Barreiros.
[-11:20] O internacional brasileiro teve o condão de levar mais perigo junto da baliza, disparando várias vezes de meia distância. Pedro Afonso, que entrou muito bem, alinha pelo mesmo diapasão e acerta em cheio no poste.
[-11:02] Bem a defender e a distribuir jogo desde trás, com passes a rasgar, Pedro Afonso fica condicionado (e, no imediato, suspenso) com um cartão azul. No livre directo correspondente, Carlos Silva pára bem as intenções de Bruno Ribeiro. Instantes depois, Garrido volta a mexer no ataque, lançando Gamboa para o lugar de Rui Ribeiro.
Gamboa entra bem na partida, beneficiando também de uma fase mais rápida do jogo, e os encarnados começam a criar mais perigo. Também o Paço de Arcos tem as suas oportunidades, aproveitando alguns espaços concedidos mas sem conseguirem ultrapassar Carlos Silva
[-07:16] Mariano Velazquez remata cruzado sobre a esquerda e faz, com sabor a justiça, o empate. (1-1)
Alguma desorientação defensiva entre os visitantes permite aos encarnados a criação de mais algumas oportunidades, começando a vislumbrar-se a grande figura da segunda parte, o guarda-redes Carlos Pires. Mesmo sem ter de se aplicar a fundo nesta primeira parte, o guardião que veio no defeso de Porto Santo, revelou sempre muita atenção e segurança, mormente nos remates de meia distância.
[-01:00] Valter Neves inicia o contra-ataque e na ala esquerda serve Mariano Velazquez à entrada da àrea. O argentino tornado goleador nesta partida remate de pronto e dá aos encarnados a vantagem com que se havia de chegar ao intervalo. (2-1)
O resultado ao intervalo não deixava de ser justo pela superioridade territorial do Benfica. No entanto as dificuldades para penetrar na defensiva do emblema da Linha foram mais que muitas e as soluções pareciam escassear.
Á falta de soluções colectivas para atacar a baliza de Carlos Pires, Garrido apelou no inicio da segunda parte ao conhecimento mútuo dos cinco jogadores que defrontavam a sua anterior equipa. Entre os escolhidos surpreendia a presença de Pedro Afonso, não pelo momento do jogador (que se cotou como um dos melhores dos encarnados) mas pelo cartão azul no sey registo disciplinar.
[-24:30] Logo na primeira jogada da etapa complementar, Pedro Afonso isola com um grande passe Rui Ribeiro na àrea, mas o atacante encarnado volta a perder o duelo com o guardião Carlos Pires.
[-24:11] Na resposta, Joi volta a fazer das suas e restabelece o empate. Com amigos destes... (2-2)
[-21:59] Valter Neves entra bem pela esquerda e serve Ricardo Barreiros que falha o último toque.
Os visitantes mantêm uma defesa apertada e sem os encarnados imprimirem velocidade suficiente, os remates de meia distância revelam-se insuficientes para virar o cariz da partida. Garrido volta a mexer e Mariano e Gamboa rendem Afonso e Barreiros.
[-12:53] Entre os jogadores que agora constituem o plantel do Paço de Arcos encontram-se alguns dos jogadores que no ano transacto deram dores de cabeça aos juniores da Luz. Um deles, André Centeno, atira ao poste.
[-09:43] O perigo ronda a baliza de Carlos Pires. Depois de assistir com um passe atrasado Valter Neves à entrada da àrea, Mariano Velazquez faz mais um bom passe, desta feita pelo ar e para Gamboa ar. Ambas as tentativas redundam em insucesso.
O Benfica procura resolver de meia distância aquilo que não resolve à "queima roupa". Os bombardeiros Karan e Afonso rendem Valter Neves e Rui Ribeiro.
[-05:15] Pedro Afonso, acabado de reentrar, testa mais uma vez a atenção de Carlos Pires que retribui, sem sobressaltos, com uma defesa com a luva. Pouco depois, Barreiros (no lugar de Gamboa) junta-se a Karan e Afonso na galeria de tiro.
Carlos Pires vai agradecendo os remates de meia distância e, numa daquelas noites, pára tudo o que há para parar.
[-00:45] Com o aproximar do final de jogo e a pressão dos encarnados no climax, Pedro Afonso vê um amarelo que, por acumulação, lhe vale a expulsão da partida. Em principio, o jogador, que esteve muito bem nesta partida, não poderá dar o seu contributo na dificil deslocação a Barcelos.
[-00:21] Ricardo Barreiros protagoniza o último suspiro dos encarnados com mais um remate de meia distância. Carlos Pires, em vôo, afasta com o capacete.
Nos jogos que não se vencem é sempre fácil encontrar defeitos. Faltou velocidade, faltaram soluções atacantes, alternativas à meia distância. Por alguma relativa desinspiração ou por profundo conhecimento por parte do técnico Luís Duarte, Ricardo Barreiros não conseguiu pautar o jogo dos encarnados e também não constituiu alternativa numa equipa que terá sentido alguma ansiedade perante a necessidade de atacar abertamente. Certamente bastaria mais um golo para minimizar os "defeitos"...
Palavra também para o sempre incansável apoio dos Diabos Vermelhos e para o público que, a espaços puxou pela equipa, mas mais que apoiar, contestou algumas decisões e não decisões da dupla de arbitragem.
Depois deste empate e com a surpreendente derrota da Oliveirense em casa frente à Nortecoope, o Porto logrou isolar-se na classificação com uma vitória sobre o Sintra. Na próxima jornada, o Benfica tem mais uma longa viagem, desta feita até Barcelos para aquele que já é um clássico do hóquei em patins nacional. De referir que a meio da semana os barcelenses viajam até Fânzeres para o encontro relativo à primeira mão da Supertaça.
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