sexta-feira, julho 29, 2005

Barcelenses nos States

A Selecção Nacional de hóquei em patins está a realizar o último estágio em território português, nas Taipas, tendo em vista o Mundial que se realiza em San José, California, de 6 a 13 de Agosto. A partida para os Estados Unidos está agendada para 31 de Julho onde a turma das quinas vai tentar revalidar o título conquistado há dois anos em Oliveira de Azeméis. Para terras do tio Sam viajam dois barcelenses: Tó Silva e Ginho, jogadores do Óquei de Barcelos. O BARCELOS POPULAR foi assistir ao treino da selecção nacional e falou com os eleitos de José Querido.

Tó Silva, avançado do Óquei de Barcelos, está pela primeira vez convocado para os trabalhos da selecção nacional tendo em vista um Mundial. Aos 28 anos Tó Silva está orgulhoso com esta chamada e espera ser uma opção do seleccionador José Querido.


Vai trabalhar para atingir o objectivo principal: a revalidação do título?
Está na cabeça de todos nós ir para os Estados Unidos para revalidar o título. Sabemos que não será fácil mas vamos com muita vontade e espírito de união para regressarmos a Portugal com o “caneco”.

Quer ser “mais uma escolha” ou “uma escolha” do técnico?
Todos trabalhamos para sermos uma escolha mas se acontecer de ser mais um, quando entrar darei o meu melhor para ajudar a selecção na vitória em todos os jogos.

Como tem corrido o trabalho (Luso) e agora nas Taipas?
Tem corrido bem. Tenho desempenhado tudo o que o técnico pretende. Tem sido positivo e deu os seus frutos na escolha dos dez. Se não tivesse trabalhado bem não estaria aqui.

Esta é a segunda chamada à selecção. Já se sente mais à vontade?
É claro que sim. Depois do Torneio de Montreux é a segunda vez que visto esta camisola e a primeira vez que estarei presente num Campeonato do Mundo. É muito bom para mim. Se calhar o que me fez estar cá foi ter ido jogar para o Óquei de Barcelos. Aproveito a oportunidade para agradecer a todos os meus colegas de equipa, treinador e massa associativa que me deram força para fazer uma boa época, ter um bom rendimento e poder estar hoje a vestir a camisola da selecção.

Sente-se orgulhoso por vestir essa camisola?
Muito. Era um objectivo que tinha. Como se costuma dizer, a esperança é a última a morrer. Aos 28 anos sou chamado à selecção para participar num Campeonato do Mundo. Isto poderá ser também um exemplo para os mais jovens para que nunca desistam. É necessário trabalhar sempre. Nunca fui chamado à selecção nas camadas jovens e aqui estou, na selecção principal, com muita vontade de ganhar e muito feliz.

E o prognóstico para o Mundial?
O calendário já está feito e, se tudo correr normalmente, defrontaremos a Espanha na meia-final. Será esse o grande jogo. Vamos ver se ultrapassamos os espanhóis. O ano passado, no Europeu, venceram por 2-1, este ano, no Torneio de Montreux empatamos e fomos derrotados em penáltis, vamos ver se será desta que vamos vencer, para a desforra. Sei que vamos ter um grande apoio de toda a comunidade portuguesa na Califórnia e espero que no final possamos erguer a taça.

Ginho, guarda-redes do OCB, já esteve no Europeu (França) e agora marcará presença no Mundial dos Estados Unidos da América

Ficou satisfeito por ser um dos 10 seleccionados?
É sempre bom estar entre os 10 eleitos, tal como já estive aquando do Campeonato da Europa. Vamos ver como corre este mundial para no final podermos festejar a reconquista do título.

As semanas de trabalho têm sido produtivas?
Sim. Depois do final do campeonato tivemos uma paragem, tivemos de recarregar as baterias para chegarmos aos Estados Unidos em grande nível.

E quais são as perspectivas para este Mundial?
Vamos lutar para chegar o mais longe possível e se ganharmos melhor.

Quer dificultar a escolha do seleccionador?
Todos os 10 eleitos vão lutar por um lugar. A escolha depende do treinador, como é evidente.

O HoqueiPT agradece a Toni Rosas, do jornal Barcelos Popular por ter disponibilizado as entrevistas.

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