AVANÇADA DO GULPILHARES DEIXA A SELECÇÃO NACIONAL
Aos 25 anos, e após nove anos a servir a Selecção Nacional, Ana Patrícia pôs um ponto final na carreira internacional. A avançada do Gulpilhares alega motivos pessoais para ter abdicado da equipa das quinas e a O NORTE DESPORTIVO explica as motivações: “Foi uma decisão muito ponderada, e, portanto, muito consciente. A fase que vivo na minha vida, sobretudo o final de curso e o início de vida a dois, não me permite estar de corpo e alma na Selecção, por isso, e porque continuamos sem qualquer apoio, achei por bem deixar”.
Após 50 internacionalizações – está no lote das mais internacionais –, conseguidas no ano passado no Campeonato do Mundo, Ana Patrícia assume que “foi difícil”, mas “as responsabilidades aumentam e, com isso, as atitudes também são mais responsáveis”. É que a «turma» lusa não disponibiliza, sequer, às hoquistas da Selecção, uma diária e isso dificulta, e muito, a sua subsistência. “Ainda o ano passado procuramos falar com a Federação, quando os masculinos também o fizeram, mas não tivemos resposta positiva. Isso, para quem está a iniciar uma nova vida, é muito complicado”, disse a hoquista.
Até ao momento, e depois de ter feito uma exposição escrita à Federação, ao seleccionador e ao directo técnico nacional confessando as razões do abandono, Ana Patrícia “ainda não conseguiu falar” com o técnico luso, mas não desiste.
Sobre o futuro, e após anos a ser a melhor marcadora em termos internacionais, a avançada vai manter-se em Gulpilhares e está bastante confiante no futuro: “Vou continuar a jogar e no Gulpilhares. Aliás, depois de termos perdido o título da forma como o perdemos, só pensamos é na próxima temporada. Queremos conquistar todas as provas em que estivermos envolvidas e para isso a equipa está a ser bem reforçada, sobretudo após as dispensas das jogadoras da Fundação Nortecoope”.
FONTE: O Norte Desportivo
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