OLIVEIRENSE NO REGRESSO DE BARCELONA
Depois da histórica vitória (3-2) alcançada em casa do Barcelona, no primeiro encontro da fase de grupos da Liga dos Campeões, a formação da Oliveirense foi brindada com uma recepção surpresa à chegada ao Pavilhão Salvador Machado.Muitos adeptos, orgulhosos do feito da turma de António Vale, fizeram questão em elogiar e aplaudir a equipa que, na primeira vez que marcou presença nesta fase da prova mais importante das competições europeias, não só ganhou como o fez no mítico Palau Blaugrana onde, recorde-se , nunca nenhuma equipa portuguesa logrou vencer.Tal gesto da população deixou os jogadores naturalmente felizes, como explicou Vítor Fortunato: "Quando chegámos ao pavilhão fomos apanhados de surpresa por montes de pessoas que gritavam pela Oliveirense. Ficámos ainda mais orgulhosos pela nossa vitória. Foi uma situação muito gira".Depois de António Vale ter afirmado que "o feito se deveu sobretudo ao grande espírito de grupo", Fortunato assumiu que a táctica passou "por anular as principais peças, pois sabíamos que não podíamos chegar lá e jogar taco a taco".A verdade é que a surpresa aconteceu, também por mérito da Oliveirense, sendo que, no rescaldo da partida, as palavras de desilusão do técnico catalão, Carlos Figueroa, são conclusivas: "Foi bom este 'toque', pois se calhar pensávamos que éramos invencíveis (não perdiam há 10 meses). Faltou-nos humildade."Jornais espanhóis unânimesMarca: "Perdeu ante uma equipa muito inferior". Mundo Deportivo: "Surpresa monumental". Foi desta forma que dois dos jornais desportivos com mais venda em Espanha retrataram a vitória alcançada pela Oliveirense nos últimos 12 minutos do encontro (Nuno Resende, Tó Neves e Didi), após ter estado a perder desde a primeira parte por 0-2.
Fonte: Jornal Record, Edição de 10 de Janeiro de 2005
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